sábado, 1 de maio de 2010

Ela está pronta.
Pra curar a Humanidade.
Acha medíocre essa vontade
de ser infeliz quando se pode.

Ela sabe que a dor é uma sensação fisiológica.
E acha normal uma humana como ela sentí-la de vez em quando.
Quando toma um comprimido curativo,
acha bonita essa tal farmacologia,
e sente mais vontade de desmistificá-la.
Pra curar a Humanidade.

Não é grande coisa revoltar-se contra o mundo
quando já venceu a si mesma.
Era um terço de um alguém que agora resolveu ser unidade.
Ela agora vai ser só ela,
só,
vai ser inteira,
por um por enquanto indeterminado.
Pra curar a Humanidade.

Os excessos ela deixa guardados,
por segundos ou pela vida inteira.

Não gosta de quem a põe no coração,

E não acha dramático dizer que nele só existe sangue.
Não, essa é a verdade!
E ela gosta dessa verdade, a acha fascinante.

Quando alguém um dia lhe disser "te tenho no hipotálamo"
Ela vai se deixar apaixonar de novo.

Pra curar a humanidade.

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